sexta-feira, 30 de abril de 2010

Reportagem: a arte de buscar o diferencial


Como diria o grande jornalista Ricardo Kotscho para ser um bom repórter não basta apenas saber escrever bem, mas sim é importante saber realizar a arte de informar para transformar. Dessa forma, como uma boa reportagem pressupõe um bom repórter, o princípio que rege as duas coisas é praticamente o mesmo.

Assim, para fazer uma boa reportagem é importante buscar o novo, o diferente, aquilo que não está todos os dias estampado nos noticiários de televisão ou de rádio ou mesmo nos jornais. A arte de se fazer uma grande reportagem é transformar os pequeno fatos do dia-a-dia em algo que interesse ao leitor ou ouvinte. É simplesmente tornar algo que muitas vezes pode ser considerado banal em algo que atraia a atenção do público.

E não há como fazer isso dentro de uma redação de veículo de comunicação. Para um repórter que quer fazer um grande reportagem é preciso ir à rua, pois é lá que tudo acontece, já que qualquer assunto pode virar um grande matéria, desde que o repórter saiba explorar um novo ângulo por detrás daquilo que já foi divulgado. É o caso por exemplo de Gilberto Dimenstein no livro Meninas da Noite. Várias e várias vezes vemos publicados em nossa imprensa notícias sobre prostituição. Porém, Dimentein buscou uma nova face para esse assunto. Ele não apenas trouxe dados sobre índices de prostituição no país, quais os maiores estados com garotas prostitutas etc. Mas sim foi atrás dessas garotas prostitutas da Amazônia, contando a sua história, mostrando quem elas são, de onde vem, porque entraram na prostituição, entre outros, revelando com isso, o verdadeiro lado da prostituição. E é assim que as grandes reportagens vão sendo feitas....

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